quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Feliz

.

Gente, hoje sim estou feliz.
Há dias estou tendo um pressentimento doce e fascinante, que vem perscutando minha cabeça.
Não preciso mais ser mãe.
Sim, isto, posso sê-lo, mas já não é mais algo urgente e necessário em mim.
Pode parecer grosseiro e vil, mas os meios fazem compreender os fins, e vejo que os meus meios são maravilhosamente bonitos e amáveis, para ser considerados vis.

Tenho uma sobrinha; um diminutivo de sobra mesmo.
Alguém que contêm minhas migalhas, mas cheia de um vida que eu não tive e, quiçá, nem chegue a ter.
Nossos caminhos são iguais e distintos. Nossas vidas são semelhantes o que muda é o caminho. No fim, chegamos aos mesmos rumos. Eu AMO minha sobrinha.
Ah, sim, já ia esquecendo-me, ela também é minha Sobrinha, filha de minha irmã.
Eu a AMO tanto.
Desde pequena ela parecia-se comigo..mas ela é tão singular! Cada vez me surpreendendo mais..
Com o tempo, o destino nos separou. Eu fui pra lá e pra cá, e ela, sempre linda, sempre minha sobrinha, parecendo comigo até nos meus mais detestáveis defeitos.
Tão minha.
Apesar da nossa distância física, nossos destinos já estavam planejados, por isso ela insiste em ser minha sobra, mesmo que isso a pertube e irrite, é algo inconsciente. SOBRINHA.
Quando disse a ela que ela era minha sobra-zinha, a encantou profundamente..sei de nossas diferenças, mas penso que o tempo e a maturidade darão um jeitinho nas nossas desavenças.
O que peço, à Deus, é que eu possa viver para que este tempo chegue, já que a única coisa que resta é esperar esse tempo chegar..!!!
Hoje descobri algo que já vinha desconfiando e foi a punhalada final: ela escreve.
Talvez nem ela saiba que escreva e a importância do que escreve, mas escreve lindamente.
Lindamente, pois ela é linda!
Fiquei tão emocionada com tal descoberta, que tive de vir aqui expressar, escrevendo, a alegria que minha Sobrinha me dá, apesar de nossas tantas brigas adolescentísticas..

A amo tanto ..

Um pensamento BEM egoísta: Quero que um dia ela escreva sobre mim !
(dei a ela o que era mais de meu eu, mesmo sem ter a consciência deste processo.)

Cris.

Nenhum comentário: