E no viço dos queixumes, a impaciência do não.
Diante dessa palavra
pequena palavra
vil palavra
não.
os laços que rompe,
as lágrimas que gera,
o desfruto do que não nasceu.
E o não atrelado a ti,
ao teu pleno não
ao teu constante negar
às profundezas daquilo que somos
e do que não somos.
De tanto amor,
que funde,
no fundo,
nos fins,
facilmente sei: fica o não como gosto final.
nada
mais
é
do que
um
medo
oco.
Contemplo-te no gozo
no exato momento de se dar
na entrega mais profunda
no rompimento das superfícies
..........................................................................................Ei-lo diante do sim impossível.
..................................................................................Dos sibildos incandescentes
.........................................................................Do não destituído do poder.
Apenas
o sim
da volúpia
da carne
do ventre
es-can-ca-ra-do-a-mim.
Beijo-te e te faço meu
Dona do sim e do não
Plena de poderes
tão reais
tão bárbaros
tão efêmeros.
Amanhece
e o sol
transparente
transpassa
acorda
lembra
recolhe
todo o sim
e
todo o não faz morada.
[cbo]