quinta-feira, 30 de abril de 2009

Narração.

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às vezes dói como dores de pele; e eu transpiro.
Muitas vezes ao descrever a Menina tenho a sensação de perdê-la por entre os dedos, de transcrevê-la por poucos e ineficientes olhares, de não dar conta de todo o rol de sentimentos que ela abarca. E o sentimento é vário e contínuo.

....

Perdi-me nas ilusões da garota e no reencontro com o objeto perdido e com a Mão amiga. Agora devo dizer o que ocorreu depois que a Menina acordou e deu de cara com a realidade do cotidiano.
Devo, mas não quero. Em verdade, eu temo pela me-nininha.
É tão difícil conjugar os fatos da vida real por tentar salvá-los da inevitável tarefa de viver. E a vida não é tão cor-de-rosa quanto os sonhos que povoaram a mente da menina na noite do reencontro. Mas deveria sê-lo. Ou não?
Há tempos venho narrando-a e buscando dar um perfil fixo à essa personagem que oscila a cada novo parágrafo, confundindo-me e tirando a possível verossimilhança que poderia obter a obra.
Mas qual obra?
Creio ser meio impossível ter fim uma obra que trata de uma Menina que trata a vida como se todos os dias fosse uma aventura nova e os sentimentos fossem um carrossel infindo.
Como obter um fim para uma Menina que é começo, nunca meio?
E falta ar.
Falta espaço para retratar os sentimentos, para endireitar os pensamentos, para atingir uma conexão total com as atitudes e pensamentos de uma menina em ampla formação.
E falta tato.
E é nesse clima enfastiante que adiarei a conversa sobre o dia-depois-do-reencontro.
Para que ele não seja manchado com a nódoa de escrúpulos vil que cerceiam meu pensamento, e essa sensação de derrota que se expõe em minhas palavras.
Para que a narrativa do esperado dia seja de alegria, não de dor.


E fica a vontade de gritar estancada na garganta.



[CBO]

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Foi.

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"Foi numa festa, gelo e cuba-libre... e na vitrola wisky a go-go..."



E quantos segredos não há escondidos em Wisteria Lane, hein??



WOW.


[Criseida]


no mais contraditório sentimento do ser.

Na noite.

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Uma poça de sangue transpassa minha garganta e me falta o ar para existir, para ser.
E o que fazer das marcas que o passado nos remete?
E o que fazer do luxo implicado nas escolhas?
E o que fazer quando o tempo é o amigo que mais nos apunhala pelas costas?
E o que fazer com o riso fácil que transborda de meus lábios na presença da pessoa amiga?
E o que fazer quando sou falha para minhas próprias decisões?
E o que fazer quando urge a hora e vejo a imprecisão dos fatos?


Além de tudo, transpassa, em minha garganta, uma poça de sangue...



[cbo]

domingo, 26 de abril de 2009

As voltas

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Um dia a Menina caminhava pelo edifício de quartos vazios e encontrou uma caixa; esta continha um cadeado prateado muito resistente... e a Menina não tinha a chave.
Mas a caixa era tão linda!
Brilhava em cores azuis e esverdeadas, possuindo detalhes floridos e um fundo de cores múltiplas e indecifráveis.
A Menina achou por direito manter a caixa consigo, afinal, não vivia ninguém no edifício mesmo.
E foi assim que a caixa surgiu na cena que se pinta a seguir.

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Certa manhã acordou a Menina com um sorriso amarelo e um jeito mole de existir. Correu ao banheiro, tomou seu café, trocou-se, banhou-se, saiu de casa, voltou, almoçou, assistiu tevê, leu, comeu novamente, voltou mil e uma vezes ao mesmo ponto...seus pensamentos não paravam! E uma única coisa desejava a menina: reencontrar sua caixa mágica.
Tal era a necessidade, que a menina procurou por ela durante toda a tarde e parte de sua noite.Vasculhou armários e caixas antigas, velhos baús e estantes, bem como todos os cantos de sua casa, mas nada da caixa. Onde estaria ela àquela hora?
Foi quando a Mão Amiga apareceu.
A mão trazia em si uma chave muito misteriosa, na forma de uma gota d'água. A Menina sorriu.
Aquela gota era a resposta que tanto procurara, a chave que faria renascer todos seus sonhos, todas as possibilidades de conhecer o que havia de tão mágico dentro de sua caixa desaparecida. Desaparecida.. foi então que sua vista escureceu e a Menina soube que, muitas vezes, o que ela deseja vinha aos pedaços, nunca inteiro, e que seus desejos poderiam morrer sem realizar-se e quedar somente a vontade e a sensação de "quase" haver chegado a hora...
E a mão, pressentindo a tristeza marcada no rosto da pequena, decidiu dar-lhe mais do que a chave-mestra, mas a realização plena e completa de seu sonho: a mão deu-lhe esperança.
E através dessa esperança, ambos, mão-e-menina, como dois desbravadores, caçaram novamente por todos os cantos, até que puderam encontrar a caixa dentro de outra pequena caixa vermelha, que ficava escondida embaixo da cama da menina. E então, abriram-na.


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É difícil pesar a relação de doação e sabedoria existente entre a mão que guia a Menina, e a Menina que dá vida à essa Mão. É tão difícil quanto tentar definir o sentimento que tenho pela Menina, e a forma como ela é capaz de adivinhar meus maiores sonhos sem que eu os declame em alta voz. É a mesma Menina que domina a arte de encantar as pessoas e fazê-la viver, mesmo que por dentro essa menina esteja sentindo a dor e a morte resplandecendo em suas artérias.
E, contudo, a relação mão-menina é tão completa e tão dissociável, que sinto-me intrusa ao narrar essa história. É como tornar-me peça terceira e dispensável para ambos; é como infiltrar-me em algo que não é meu; é como uma necessidade de sentir em mim toda a pureza e realeza de sentimentos que ambos desfrutam. Sou a pedra no meio do caminho. Mas faço minha parte com humilhação e humildade. Busco somente expressar o que ambos, menina e mão, estão ocupados demais para fazer: eles vivem enquanto eu os traduzo: eis minha digna utilidade.
Queira o leitor desculpar minhas constantes interrupções, mas como falar da Menina assim, continuadamente, sem ao menos expressar todo amor que sinto por ela? É ela que realiza minha vida e, apesar de muitas vezes sentir o vazio invadir minh'alma, preencho meus dias na exaltação da alma da minha pequena... me-nina.

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Ao abrir a caixa saiu de lá uma luz branca que cegava. Era ela toda forrada de papel espelhado, o que ressaltava a curiosidade do casal.
De fora, a Mão tentava demonstrar imparcialidade e indiferença frente aos segredos escondidos na caixa; mas seus olhos brilharam de prazer quando viu a luz que raiava e, principalmente, a forma como a Menina sorriu ao desembrulhar o objeto que lá encontrava-se escondido, sacralmente escondido.
Num pequeno papel de seda cor de violeta podem-se encontrar escondidas diversas coisas: jóias, roupas, dinheiro, apólices... ou, um simples diário na forma de caderno. E foi justamente o que a Menina encontrou, e o que tanto a surpreendeu.
E com um riso jovial e contagiante ela agitava o caderno por entre os braços, mostrando-o à Mão, olhando-o repetidas vezes, vendo-se através dele, adivinhando-lhe as histórias, os amores, as vidas que ali se encontrariam.
A Mão não conseguia compreender ao certo o que representava o diário na vida da Menina, nem como poderia lhe dar tamanha alegria um presente tão simples, não conseguia compreender o rio de esperança que plantava na menina. Mas adivinhava. Adivinhava os gostos e desgostos da Menina; adivinhava seu modo de ser e as simples alegrias que seria capaz de fazer para ver ressurgir o sorriso da menininha que o encantava. A mão a sabia.
E nessa noite, segurando o diário em uma das mãos, e a mão do amigo em outra, a Menina experimentou o instantâneo sabor da felicidade em sua plenitude. E então fechou os olhos, sorrindo, e adormeceu.


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[cbo]

sábado, 18 de abril de 2009

Meu foda-se está no ON, e o seu?

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O Direito ao Foda-se

(Por Millor Fernandes)

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas.
Me liberta.
"Não quer sair comigo? Não? Então foda-se!".
"Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituiçao Federal.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos.
É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Portugues Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Prá caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Prá caralho"?
"Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Prá caralho, o Sol é quente Prá caralho, o universo é antigo Prá caralho, eu gosto de cerveja Prá caralho, entende?
No gênero do "Prá caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negaçao, está o famoso "Nem fodendo!"
O "Não, não e não!" é tampouco nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo!" é irretorquível, e liquida o assunto.
Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.
Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro prá ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Danielzinho, presta atençao, filho querido, NEM FODENDO!".
O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional.
Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma!" ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!".
O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior.
É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.
São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e mais recentemente o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Pu-ta-que-o-pa-riu!!!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.
Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!".
Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!".
Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima.
Desabotoe a camisa e saia na rua, vento batendo na face, olhar firme,cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!".
Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar:

O que você fala? "Fodeu de vez!".

Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!!!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Gritos

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E eu preciso gritar com as cordas vocais que não alcanço e no volume máximo que não pressinto.
E eu preciso gritar com minhas garras à mostra e com a vontade dos campos de batalha.
E eu preciso gritar com a ânsia brutal de arrancar-me à vida de inconstâncias sentimentais.

E eu quero gritar.

Gritar e descobrir através desse grito o que guardo no fundo dos meus mais profundos desejos.
Gritar e descobrir através de mim aquilo que não consigo enxergar quando apenas meus olhos me vêem no espelho.
Gritar e seguir o fio invisível pelo qual atravessam minhas palavras e que eleva meu ser.
Gritar e descobrir quem sou.

E eu preciso gritar.

Mais do que a alma possa suportar.
Mais do que o vento possa encurvar.
Mais do que a calma branda possa aquietar,
eu preciso de MAIS.

E eu vou... vou gritar.

Gritar e ver escoar por meus lábios o que de mais puro sair do meu coração...seja gota de mel ou fel:
Mas algo há de sair.

E por isso eu vou gritar.

Gritar até jorrar o sangue pastoso e espumante que sobe e desce de minhas veias, que busca caminhos por meu corpo cansado, que corre impaciente por minha mente confusa e doentia.

E eu quero curar-me.

E assim devo fazê-lo.


Gritar.


sim, eu gritarei ...mas quem haverá para ouvir os mudos sons que sairão desse gigante e ineficiente gesto?


E algo muda(isso eu sei). Apenas não a mudez das minhas palavras.

E há o grito.






cbo.

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Sinto a sorte do mundo alcançar minha janela. Esse é o meu osso! E é agora ou jamais que deleitarei-me às bem-aventuranças do mundo e à esse destino tão promissor...!



07/04/2009


C.B.O

terça-feira, 7 de abril de 2009

madruga

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Eu não ia escrever. Na verdade, não queria escrever nada.
Há dias venho eu abrindo e fechando as páginas desse blog sem ter a ousadia de escrever.
E mesmo assim há tanto sobre o que falar.
Mas minhas mãos são frágeis e pequeninas perante a montanha de esperança que meus sentimentos buscam frente às minhas palavras.

Tenho passado por sentimentos de mil e uma fontes e nunca, N-U-N-C-A, senti-me tão diferente de mim mesma quanto sinto-me agora, nesse instante.
É que de fato eu sempre fui a mesma "cris" cheia de coisas de "cris", vivendo num mundo "cris" onde poucas pessoas conseguem distinguir a realidade e insanidade (*muito básico).
Pois bem. Decidi não mais preocupar e joguei a toalha para cima de tal maneira que não posso me reconhecer.
Nunca julguei ser possível não manter os sentimentos mais piegas que existiam dentro de mim, e que, ao livrar-me deles, iria sentir-me bem.
E bem estou.
E soa engraçado a forma como as minhas atitudes influenciam as atitudes alheias. E como "ligar o foda-se" faz sentido e causa efeito.
Liguei totalmente o "foda-se" da minha vida.
E ao deixar as coisas correrem como águas de um rio, descobri que elas mesmas conseguem adaptar-se ao seu percurso e que, muito melhor, a água flui como se nenhum esforço fosse necessário.

Mas é difícil sentar, abrir, escrever, pensar sobre isso.
Porque, ironicamente, ao sentar ..e pensar nisso, estou fazendo o caminho inverso do que me faz bem. Compreende?

O que tem feito bem é não pensar e não saber.

É difícil também explicar essa segunda etapa pois, esse não pensar/saber não corresponde a ser alheia às causas e consequências. Estou ciente destas mas...

Mas cansei de ser a menina estressada e reclamona. Cansei de fechar a cara quando o mundo me empurra. Cansei de brigar e dar murro em ponta de faca. Cansei de chorar por leite derramado e defuntos putrificados.

QUERO VIVER!!!!

E creio que é essa gana que, tão forte em mim, faz minha cabeça funcionar com a função "foda-se" ligada ao seu último grau.

Pô, meu, eu to bem!
JURO!

às vezes ainda me confundo sobre como agir/se agir/qdo agir... mas de resto, resta. E em todos há uma dose de dúvidas e confusões. E eu sou mais uma. E uma com vontade de mais.

E o muito ainda é pouco pra mim. Quero é muito maisssssssssssssssss!!!!!!!!!!!!!

E que venha quem possa me oferecer esse muito.



Beijo grande de uma alma gigantesca!


[Criseida.]

a little poem

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Depois de um certo tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno de amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes, você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim, decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida.


segunda-feira, 6 de abril de 2009

O que é o ciúme?

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Fácil.
Você pega a letra de uma música do Caetano Veloso. Depois soma os seus sentimentos mais profundos..aqueles que fazem com que você respire fundo e contraia os lábios e, então, saberá do que se trata.

Como não posso fazer os sentimentos surgirem assim, pelo menos darei a oportunidade de saber qual letra do Caetano pode traduzir esse sentimento (ou tentar fazê-lo).

Ps: Ciúmes é de amores, de amigos, de coisas , de blá blá blá...



Eis:

"O ciúme dói nos cotovelos,
na raiz dos cabelos,
gela a sola dos pés.

Faz os músculos ficarem moles,
e o estômago vão e sem fome.
Dói da flor da pele ao pó do osso.
Rói do cóccix até o pescoço
Acende uma luz branca em seu umbigo,
Você ama o inimigo e se torna inimigo do amor.
O ciúme dói do leito à margem,
dói pra fora na paisagem,
arde ao sol do fim do dia.

Corre pelas veias na ramagem,
atravessa a voz e a melodia."


[c/b/o]