...e o segredo é dar tempo ao tempo.
Muitas vezes só esperar não é o suficiente,
por isso podemos, nesse meio-tempo-de-espera-ao-tempo,
viver.
Porque o pior é pensar; pensar e não ver saída.
Por quê?
Uma palavra: decepção.
[ais.]
domingo, 31 de agosto de 2008
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Lobo e Chapéu
.
Era uma vez, um Lobobobo que visitou a casa da Chapéuzinha. A menina, muito inocente, cuidou e se afeiçoou ao lobo solitário, contudo, ao revés de tudo, entretantos e todaSvias, o Lobo era malvadão, e só pensava em fazer mal à pobre Chapéu.
A garota então, menina ainda, nada boba quanto o Lobobobo, foi logo tirando suas unhas de fora, e o Lobo, amedrontado, escapou.
Já longe e muito mais sozinho (pq o mais só é o que já conheceu a companhia), o Lobo, bobo, sentiu falta da pequena menina, apesar de suas grandes unhas...
E o Lobo corria, e corria, e corria, para chegar mais e mais rápido à casa da Chapeuzinha.
Lá chegando, o Lobo demorou a dizer que sentira a falta da companheira Chapeuzinha, e ela, por seu orgulho, também nada disse à ele.
O Lobo então resolveu falar e descobriu que, depois de tanto tempo e de tantas coisas terem acontecido, a menina ainda gostava dele também, mas não queria mais que eles fossem tão, tão juntos. Unidos sim, juntos, nem sempre.
Dai em diante, os dois foram felizes para sempre, cada um no seu quadrado.
Fim
^^
Dia-de-anos-lupinos-gestern!!!!
[C.B.O.]
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Era uma vez, um Lobobobo que visitou a casa da Chapéuzinha. A menina, muito inocente, cuidou e se afeiçoou ao lobo solitário, contudo, ao revés de tudo, entretantos e todaSvias, o Lobo era malvadão, e só pensava em fazer mal à pobre Chapéu.
A garota então, menina ainda, nada boba quanto o Lobobobo, foi logo tirando suas unhas de fora, e o Lobo, amedrontado, escapou.
Já longe e muito mais sozinho (pq o mais só é o que já conheceu a companhia), o Lobo, bobo, sentiu falta da pequena menina, apesar de suas grandes unhas...
E o Lobo corria, e corria, e corria, para chegar mais e mais rápido à casa da Chapeuzinha.
Lá chegando, o Lobo demorou a dizer que sentira a falta da companheira Chapeuzinha, e ela, por seu orgulho, também nada disse à ele.
O Lobo então resolveu falar e descobriu que, depois de tanto tempo e de tantas coisas terem acontecido, a menina ainda gostava dele também, mas não queria mais que eles fossem tão, tão juntos. Unidos sim, juntos, nem sempre.
Dai em diante, os dois foram felizes para sempre, cada um no seu quadrado.
Fim
^^
Dia-de-anos-lupinos-gestern!!!!
[C.B.O.]
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Realismo.
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Tudo porque hoje me dei conta de que, realmente, meu realismo é pessimismo.
.
Nutro-me de coisas tão tristes, tão melancólicas, tão doídas...pra espalhar alegrias e sorrisos.
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Eita mundinho complicado esse meu, cheio de CRISes...
[Tô fazendo um mês de eu hoje!]
Tudo porque hoje me dei conta de que, realmente, meu realismo é pessimismo.
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Nutro-me de coisas tão tristes, tão melancólicas, tão doídas...pra espalhar alegrias e sorrisos.
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Eita mundinho complicado esse meu, cheio de CRISes...
[Tô fazendo um mês de eu hoje!]
Blumen gelb.
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Sim, pequeninas, médias e grandes: várias delas há.
E existem, sobrevivem ao pó, ao vazio, ao desfolhar...Tão linda metáfora da natureza: as flores amarelas, nos troncos, sem folhas, retratam a vida, ainda que solitárias.
Existe, só, uma única flor meio ao nada. Chão seco, terra seca, gramidos rústicos; ainda assim ela destaca-se, ela, a amarela.
E tão lindas são as flores nos seus detalhes...
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Sim, pequeninas, médias e grandes: várias delas há.
E existem, sobrevivem ao pó, ao vazio, ao desfolhar...Tão linda metáfora da natureza: as flores amarelas, nos troncos, sem folhas, retratam a vida, ainda que solitárias.
Existe, só, uma única flor meio ao nada. Chão seco, terra seca, gramidos rústicos; ainda assim ela destaca-se, ela, a amarela.
E tão lindas são as flores nos seus detalhes...
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sábado, 23 de agosto de 2008
A volta do sonho (parte II)
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Atroz sobe em suas narinas e faz lacrimejar seus olhos; não, não é o cheiro que impregna sua alma, e sim, a angústia sem nome que faz molhar seu rosto.
A pena curta e indiferente não compreende o percurso do rio que corre de dentro para dentro, afogando as brasas e construindo cheias por todos os poros, todos os desníveis. Não, o líquido transparente e salubre não manchará as folhas do papel, nem cobrirá de respingos a pena ignorada.
Flue pelas veias a água que não quer evaporar. Faz a menina reprimir, condoer, envultecer-se dentro de si. Sem compreensão, sem decodificação: só martírio.
Trabalho de tamanduá, dentro dela a tristeza é aplacadora.
Os gritos, mudos, não são audíveis.
Os móveis mudam de lugar.
[C.B.O.]
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Atroz sobe em suas narinas e faz lacrimejar seus olhos; não, não é o cheiro que impregna sua alma, e sim, a angústia sem nome que faz molhar seu rosto.
A pena curta e indiferente não compreende o percurso do rio que corre de dentro para dentro, afogando as brasas e construindo cheias por todos os poros, todos os desníveis. Não, o líquido transparente e salubre não manchará as folhas do papel, nem cobrirá de respingos a pena ignorada.
Flue pelas veias a água que não quer evaporar. Faz a menina reprimir, condoer, envultecer-se dentro de si. Sem compreensão, sem decodificação: só martírio.
Trabalho de tamanduá, dentro dela a tristeza é aplacadora.
Os gritos, mudos, não são audíveis.
Os móveis mudam de lugar.
[C.B.O.]
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sexta-feira, 22 de agosto de 2008
A volta do sonho. (parte 2)
Atroz, sobe em suas narinas e lacrimeja seus olhos; mas não é o cheiro que impregnou sua alma, e sim a angústia sem nome que faz molhar seu rosto.
A pena curta e indiferente não compreende o percurso do rio que corre de dentro pra dentro, afogando as brasas e construindo cheias por todos os poros, todos os desníveis. Não, o líquido transparente e salubre não molhará as folhas do papel, nem cobrirá de respingos a pena ignorada.
Flue pelas veas a água que não quer evaporar. Faz a menina reprimir, doer, envultecer-se dentro de si. Sem compreensão, sem decodificação. Só martírio.
Trabalho de tamanduá, dentro dela a tristeza é aplacadora.
Os gritos mudos não são audíveis.
Os móveis mudam de lugar.
A pena curta e indiferente não compreende o percurso do rio que corre de dentro pra dentro, afogando as brasas e construindo cheias por todos os poros, todos os desníveis. Não, o líquido transparente e salubre não molhará as folhas do papel, nem cobrirá de respingos a pena ignorada.
Flue pelas veas a água que não quer evaporar. Faz a menina reprimir, doer, envultecer-se dentro de si. Sem compreensão, sem decodificação. Só martírio.
Trabalho de tamanduá, dentro dela a tristeza é aplacadora.
Os gritos mudos não são audíveis.
Os móveis mudam de lugar.
A volta do sonho.
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E o vulto volta.
Tumultos, sombras, vozes.
Desejos e rancores; dores de um sem parir. Tormento.
O acelerar do tic-tac interno, conturbações de um possível retorno- o tempo urge, tudo ocorre.
Um-a-um são retiradas as nódoas do dia-a-dia.
Pelo pensar já não mais há penas, e sim, prudencia.
Busca-se o sereno, a calma, a pureza do polvilho meio a podridão dos rios.
Vozes, vultos, sombra.
Tumultos que aceleram e empobrecem, vozes que voltam, pêlos que saem.
Vozes, voz.
E o mundo nada responde, o mundo nada salva, o mundo ignora a menina que grita, a menina que pede, a menina sacrificada.
Voz.
Auto-sacrifício, flagelo: Dor.
Atormentada ela corre, esconde-se, mas o vulto volta, as lembranças embaralham seu pequeno mundo, tudo muda: a menina muda, mudando; o mundo dela, mudo, morrendo.
[C.B.O.]
E o vulto volta.
Tumultos, sombras, vozes.
Desejos e rancores; dores de um sem parir. Tormento.
O acelerar do tic-tac interno, conturbações de um possível retorno- o tempo urge, tudo ocorre.
Um-a-um são retiradas as nódoas do dia-a-dia.
Pelo pensar já não mais há penas, e sim, prudencia.
Busca-se o sereno, a calma, a pureza do polvilho meio a podridão dos rios.
Vozes, vultos, sombra.
Tumultos que aceleram e empobrecem, vozes que voltam, pêlos que saem.
Vozes, voz.
E o mundo nada responde, o mundo nada salva, o mundo ignora a menina que grita, a menina que pede, a menina sacrificada.
Voz.
Auto-sacrifício, flagelo: Dor.
Atormentada ela corre, esconde-se, mas o vulto volta, as lembranças embaralham seu pequeno mundo, tudo muda: a menina muda, mudando; o mundo dela, mudo, morrendo.
[C.B.O.]
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Meu instrumento. (MACHADO- excertos)
.
"Ela amou o que me afligira, eu amei a piedade dela." (D. Casmurro)
===
"(...) em geral a mulher sabe que é amada por um homem antes mesmo que ele o perceba." (Uma águia sem asas- Histórias Românticas)
===
Rosto: "Não digo que todas as linhas fossem corretas, mas a alma corrigia tudo." (Casa Velha- Outros Contos)
===
"O coração humano é a região do inesperado." (Iaiá Garcia)
===
"Há, repetimos, coisas na vida que é mais acertado crer que desmentir; e quem não puder crer, que se cale." (A Semana- 3/7/1892)
===
"Não paguei uns nem outros, mas saindo de almas cândidas e verdadeiras tais promessas são como a moeda fiduciária- ainda que o devedor as não pague, valem a soma que dizem." (Dom Casmurro)
===
"Faltava-lhe elegância, mas compensava-a com os olhos, que eram soberbos e só tinham o defeito de se não arrancarem de mim, exceto quando desciam ao prato; mas Nhá-Loló comia tão pouco, que quase não olhava para o prato." (M. P.B.C.)
===
"E logo ouvi rir no ar, e levantei a cabeça: eram as estolas, contempladoras remotas da vida, que se riam dos meus planos e ilusões(...)" (Viagem à roda de mim mesmo- Outros Contos)
"Ela amou o que me afligira, eu amei a piedade dela." (D. Casmurro)
===
"(...) em geral a mulher sabe que é amada por um homem antes mesmo que ele o perceba." (Uma águia sem asas- Histórias Românticas)
===
Rosto: "Não digo que todas as linhas fossem corretas, mas a alma corrigia tudo." (Casa Velha- Outros Contos)
===
"O coração humano é a região do inesperado." (Iaiá Garcia)
===
"Há, repetimos, coisas na vida que é mais acertado crer que desmentir; e quem não puder crer, que se cale." (A Semana- 3/7/1892)
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"Não paguei uns nem outros, mas saindo de almas cândidas e verdadeiras tais promessas são como a moeda fiduciária- ainda que o devedor as não pague, valem a soma que dizem." (Dom Casmurro)
===
"Faltava-lhe elegância, mas compensava-a com os olhos, que eram soberbos e só tinham o defeito de se não arrancarem de mim, exceto quando desciam ao prato; mas Nhá-Loló comia tão pouco, que quase não olhava para o prato." (M. P.B.C.)
===
"E logo ouvi rir no ar, e levantei a cabeça: eram as estolas, contempladoras remotas da vida, que se riam dos meus planos e ilusões(...)" (Viagem à roda de mim mesmo- Outros Contos)
O afinador de pianos
.
Um afinador dá um ótimo marido (...) ele sabe escutar, e seu toque é mais delicado que o de um pianista: só um afinador conhece o piano por dentro."
========
Onde falham as palavras, o toque compensa.
[Daniel Mason]
Um afinador dá um ótimo marido (...) ele sabe escutar, e seu toque é mais delicado que o de um pianista: só um afinador conhece o piano por dentro."
========
Onde falham as palavras, o toque compensa.
[Daniel Mason]
Flicken (retalho)
.21/07/2008
Y el mundo girando mil vueltas todas de una sola vez...
---------------------#------------------------------
Ao compasso de um caleidoscópio: tantos caminhos, tantas escolhas...
--------------------#-------------------------------
O passado configurando o presente enquanto o futuro bate à porta sem cessar:
"- Quem bate tem pressa!"- diz a distante voz.
"Quem bate quer entrar", pensa a menina.
-------------------#-------------------------------
E não foi o fruto da lembrança que gerou o descontrole; a matéria viva é que faz lembrar a vida que antes era e que inda não se foi por completo.
------------------#-------------------------------
Mesmo sem desejar, ela queria; mesmo sem planejar, ela vivia e os laços enozavam, entrelaçavam seu mundo de sonhos e seu mundo real, num mesmo cesto de vime.
-----------------#-------------------------------
Coragem, como ousara ter, presa à tempestivas angústias, a menina caminha, ora ligeira, ora vacilante, no compasso de si para consigo.
-----------------#-------------------------------
Mundo vasto que muda seus sonhos: se não fosse a mudança do mundo vasto, a menina inda seria apenas menina, e o mundo, apenas mundo.
[C.B.O.]
Y el mundo girando mil vueltas todas de una sola vez...
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Ao compasso de um caleidoscópio: tantos caminhos, tantas escolhas...
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O passado configurando o presente enquanto o futuro bate à porta sem cessar:
"- Quem bate tem pressa!"- diz a distante voz.
"Quem bate quer entrar", pensa a menina.
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E não foi o fruto da lembrança que gerou o descontrole; a matéria viva é que faz lembrar a vida que antes era e que inda não se foi por completo.
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Mesmo sem desejar, ela queria; mesmo sem planejar, ela vivia e os laços enozavam, entrelaçavam seu mundo de sonhos e seu mundo real, num mesmo cesto de vime.
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Coragem, como ousara ter, presa à tempestivas angústias, a menina caminha, ora ligeira, ora vacilante, no compasso de si para consigo.
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Mundo vasto que muda seus sonhos: se não fosse a mudança do mundo vasto, a menina inda seria apenas menina, e o mundo, apenas mundo.
[C.B.O.]
O sonho.
(08/2008)
Vazio da noite de sonhos -Ação, cansaço, corridas, gritos, acontecimentos; tudo num sem-respirar.
Corre, corre.
O tempo urge e os acontecidos anunciados trarão morte à vida.
Corre, corre.
A respiração entrecortada une a realidade presente à futura, fugas; foge-se, corre-se.
E o tempo acaba.
E os fatos enfastiam.
E não há mais volta.
As voltas, todas, não são capazes de dar uma volta ao destino premeditado.
Gritos. Urros.
Corre-se, corro.
Na falha branca do papel rasgado unem-se, em parcas palavras, os últimos desejos de um fim precoce. O tempo acaba.
Corremos, corre-se.
O escape tão necessário, tão querido, distante, longe, inexiste.
Fim. A respiração não mais há, a corrida chega ao final.
Tomba-se, tombo.
Ao fundo, cobre a paisagem uma nuvem de olhos e faces desconhecidas.O choque choca.
Entre ferros estende-se o corpo inerte e vazio: sonhos despedalham-se na sarjeta.
E o fim fez-se.
[C.B.O.]
Vazio da noite de sonhos -Ação, cansaço, corridas, gritos, acontecimentos; tudo num sem-respirar.
Corre, corre.
O tempo urge e os acontecidos anunciados trarão morte à vida.
Corre, corre.
A respiração entrecortada une a realidade presente à futura, fugas; foge-se, corre-se.
E o tempo acaba.
E os fatos enfastiam.
E não há mais volta.
As voltas, todas, não são capazes de dar uma volta ao destino premeditado.
Gritos. Urros.
Corre-se, corro.
Na falha branca do papel rasgado unem-se, em parcas palavras, os últimos desejos de um fim precoce. O tempo acaba.
Corremos, corre-se.
O escape tão necessário, tão querido, distante, longe, inexiste.
Fim. A respiração não mais há, a corrida chega ao final.
Tomba-se, tombo.
Ao fundo, cobre a paisagem uma nuvem de olhos e faces desconhecidas.O choque choca.
Entre ferros estende-se o corpo inerte e vazio: sonhos despedalham-se na sarjeta.
E o fim fez-se.
[C.B.O.]
sábado, 16 de agosto de 2008
Fin del mundo (El viento)
"Por eso tengo que volver
a tantos sitios venideros
para encontrarme conmigo
y examinarme sin cesar,
sin más testigo que la luna
y luego silbar de alegría
pisando piedras y terrones
sin más tarea que existir,
sin más família que el camino."
[Pablo Neruda]
Soneto espanhol, do século XVI
No me mueve mi Dios para quererte
el cielo que me tienes prometido,
ni me mueves el infierno tan temido
para dejar por eso de ofenderte.
Tú me mueves, Señor; muéveme el verte
clavado en un Cruz y escarnecido
muéveme el ver tu cuerpo tan herido,
muéveme tus afrentas y tu muerte.
Muéveme en fin tu amor, de tal manera
que aunque no hubiera cielo, yo te amara
y aunque no hubiera infierno, te temiera.
No me tienes que dar porque te quiera,
porque, aunque lo que espero no esperava
lo mismo que te quier, te quisiera.
[atribui-se à vários autores, dentre os quais o poeta místico São João da Cruz.]
el cielo que me tienes prometido,
ni me mueves el infierno tan temido
para dejar por eso de ofenderte.
Tú me mueves, Señor; muéveme el verte
clavado en un Cruz y escarnecido
muéveme el ver tu cuerpo tan herido,
muéveme tus afrentas y tu muerte.
Muéveme en fin tu amor, de tal manera
que aunque no hubiera cielo, yo te amara
y aunque no hubiera infierno, te temiera.
No me tienes que dar porque te quiera,
porque, aunque lo que espero no esperava
lo mismo que te quier, te quisiera.
[atribui-se à vários autores, dentre os quais o poeta místico São João da Cruz.]
Se...
Se acordo cedo
Você está dormindo.
Se durmo até mais tarde,
Você já saiu.
Se ligo,
Você nunca está.
Se espero,
Você nunca liga.
Se deixo recado
Você não responde.
Se te procuro
Não te encontro.
Se penso em você
Fico louco.
Se não penso
Sinto saudades.
Se te ouço
Fico logo animado.
Se não te encontro
Fico muito irritado.
Se não te vejo
Fico muito bravo.
Se te vejo,
Ah! então esqueço tudo...
[Zé Mário]
Você está dormindo.
Se durmo até mais tarde,
Você já saiu.
Se ligo,
Você nunca está.
Se espero,
Você nunca liga.
Se deixo recado
Você não responde.
Se te procuro
Não te encontro.
Se penso em você
Fico louco.
Se não penso
Sinto saudades.
Se te ouço
Fico logo animado.
Se não te encontro
Fico muito irritado.
Se não te vejo
Fico muito bravo.
Se te vejo,
Ah! então esqueço tudo...
[Zé Mário]
Sweet Dream
:::::::::::::
Here is hoping each
moment all through
The days will glitter
and sparkle with
every thing.
Yes... here is hoping a
radiant day is in
view, shining wich
goodness especially for YOU!
:::::::::::
Here is hoping each
moment all through
The days will glitter
and sparkle with
every thing.
Yes... here is hoping a
radiant day is in
view, shining wich
goodness especially for YOU!
:::::::::::
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[Tristão e Isolda]
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
"Cólera de mulher é coisa temível: todo o homem se deve preservar dela, pois onde uma mulher mais amou, aí porá o máximo de ardor a vingar-se. Nas mulheres, o ressentimento dura mais tempo que a afeição: elas que regateiam o amor, prodigalizam ao desbarato o ódio enquanto durar a cólera. Thomas de Inglaterra não ousa dizer todo o seu pensamento sobre esta questão: 'não é assunto de um poeta.' "
[Tristão e Isolda]
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Tristão & Isolda
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
"Aqui acaba o romance de Tristão e Isolda. A todos os amantes, o narrador dirige a sua saudação: aos sonhadores, aos enamorados, aos ciumentos, a todos aquelesa quem o desejo morde, aos divertidos, aos enlouquecidos, a todos aqueles que lerem esta história! Se não disse a todos o que teriam desejado, disse-o pelo menos o melhor que pude e disse a verdade pura tanto quanto a pude conhecer. Suprimi um pouco à narração; o que conservei, escolhi-o para ilustrar e embelezar esta história, a fim de agradar aos amantes e de estes ai encontrarem com que deleitar o coração. Possam eles dela tirar reconforto contra as traições, contras as injustiças, contra as dores, contra as lágrimas, contra todos os desgostos de amor!"
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
terça-feira, 12 de agosto de 2008
.12/08/2008.
.Pensamentando em um só pensamento. Mesmice e mesmeiras, são.
Na vaga, cuja lembrança retorce, corre seco o rio dos por-fazer. E a vida vive.
Cheios de mãos estãos os dedos... brancura do polvilho, força do sertanejo, beleza do beija-flor.
Caça mil e um trejeitos; caçador de mim. Caça, mira, erra.
Fosse a vontade extremada, o por-fazer-feito, o dito no cujo, e todas as miras seriam certeiras. Todas, ou quase.
Milênios de dias; milênios d'alma são assim. O pensamento pensamentando. Incrusto é o pensar no mesmo: nega o gozo, o próximo, o possível. Vontade de si só.
Vontade de me-si.
Calcados, estrebucham, pelo dentro, os desejos.
Pensamor...
[C.B.O.]
PS: Uso livre de Guimarães Rosa.
Na vaga, cuja lembrança retorce, corre seco o rio dos por-fazer. E a vida vive.
Cheios de mãos estãos os dedos... brancura do polvilho, força do sertanejo, beleza do beija-flor.
Caça mil e um trejeitos; caçador de mim. Caça, mira, erra.
Fosse a vontade extremada, o por-fazer-feito, o dito no cujo, e todas as miras seriam certeiras. Todas, ou quase.
Milênios de dias; milênios d'alma são assim. O pensamento pensamentando. Incrusto é o pensar no mesmo: nega o gozo, o próximo, o possível. Vontade de si só.
Vontade de me-si.
Calcados, estrebucham, pelo dentro, os desejos.
Pensamor...
[C.B.O.]
PS: Uso livre de Guimarães Rosa.
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