quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A ausente: eu.


Há quatro anos e eu sempre estive presente.
Sempre, menos hoje. Não é dor que sinto, mas um desconforto.
Encontrei os embrulhos de um ano que passou (... não é fácil reencontrar restos).
Foram tão intensos e agora são tão desnecessários. Não é saudade, é uma curiosidade corrosiva. É um querer saber porque você nunca quis saber. O por que você se foi assim "pra sempre" sem olhar pra trás.
Não é dor, são dúvidas.
Hoje o dia brilha, mas por dentro eu sou lava queimando.
Não é sofrimento, é um desafino no meio de uma bela canção. Sabe quando o coração fica sem sentido?
Tipo assim...
Desgovernado.

Este é o quarto e, na verdade, é apenas o primeiro sem minha presença. Primeiro de todos, de muitos, da maioria... Como responder o que só o tempo diz?
E com a paciência dos dias, logo será amanhã e então eu posso ter todas as respostas ou então, ter esquecido todas as perguntas.

Sim, acho que as perguntas sempre mudam.


C.B.O.

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