segunda-feira, 8 de julho de 2013

Depois que eu me for



“Quando eu morrer não chores por mim


Do que hás de ouvir triste sino a dobrar


Dizendo ao mundo que eu fugi enfim


Do mundo vil para com os vermes morar.


E nem relembres, se estes versos leres,


A mão que os escreveu, pois eu te amo tanto


Que prefiro ver de mim te esqueceres


Do que o lembrar-me te levar ao pranto.


Se leres estas linhas, eu proclamo,


Quando eu, talvez, ao pó tenha voltado,


Nem tentes relembrar como eu me chamo:


Que fique o Amor, como a vida, acabado.


Para que o sábio, olhando a tua dor,


Do amor não ria, depois que eu me for.”


(Willian Shakespeare)

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