domingo, 23 de novembro de 2008

Hoje eu preciso de você...

Tá difícil sentar e escrever.
Construir uma frase tornou-se um ato penoso para minhas hábeis mãos.
Já não há mais nexo no que penso, no que digo, no que escrevo. São pensamentos que se vão cortados ao meio. Muitas das vezes, nem ao meio estão: estão em pedaços tão minúsculos e imperceptíveis, que nem eu mesma percebo que, juntos, eles formavam o todo. Todo esse que não mais existe.

Há dias venho abrindo e fechando esta página sem conseguir rabiscar uma palavra, uma sentença que faça sentido. E, ao contrário do que possa parecer, não é falta de criatividade e pensamentação.
Tenho tido vários e vários motivos para escrever.

Estou triste, tenho saudade. Sinto-me abandonada, com frio, sozinha.

Não, não é escrevendo que resolverei meus problemas!
Há motivos não-tolos para eu escrever também.
Tenho tido motivos "úteis"... por exemplo, uma resposta ao post sobre o Tas, que eu colei dias atrás...pensei algo sobre esta função, esta que no minuto exerço: a do escritor.
Pensei, pensei... ...e perdi o pensamento no caminho.
Sim, eu sento aqui para gravá-los, para lapidá-los na moldura da minha memória virtual, da minha janela que, de tão minha, soa como um amigo imaginário.

Tenho e tenho motivos para escrever.
Mas tem sido tão difícil, tão sofrido.
É como se, ao sentar e escrever, eu pudesse tocar aquilo que está morando dentro de mim; e eu sei, o que está lá, neste momento, não é algo bonito de se-tocar.

E ainda há tanto para se fazer, ainda há um ano para se findar!
Trabalhos, trabalhos...
Diga-me : como analisarei ao outro se não consigo encontrar o eu em mim?
Como conseguirei dar nexo às coisas que, para mim, não fazem sentido algum?


...como suporto essa ausência que me dói até à tampa do coração?


[criseida]

Um comentário:

Anônimo disse...

http://aaldeia.net/