segunda-feira, 31 de maio de 2010

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de que me adianta o líquido quente e incessante que desce por minha fronte?
as muitas noites mal dormidas e o travesseiro ensopado?
As flores murchas sem nenhum brilho...


De que vale...,
partindo do simples preceito de que elas não conseguem sufocar meus desesperos.
não conseguem enriquecer meus pensamentos, não possuem a força necessária para fazer-me enraizada em mim?

Do quanto que foi... do muito que há... sempre surge um muro de desconsolo, desespero, sufoco...

A necessidade de um refúgio atravessa meus dias e não deixa minha concentração se fazer.
Dos muitos dias passados, quase todos já se foram...

Quase todos, mas alguns são retidos na retina.
A mesma retina que entorna um caldo grosso e salgado que invade meus dias.
Me sufoca, me agride, me destrói.

Um embaraço no meu mundo de nós. Um a mais... e quanto dói.


"mas já não sei de que forma mesmo você foi embora... você foi..."
[c.b.o]

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