sexta-feira, 5 de julho de 2013
Dois amores e um Rio
Sem que pudesse adivinhar a causa, começou a sentir no coração uma angústia profunda. Por que seria que o aspecto daquela manhã brumosa era tão desolador? De onde vinham esses soluços que lhe subiam à garganta? Por que recordava as tristezas de uma infância penosa e de uma adolescência de solidão e trabalho? Na véspera, esquecera-se de que era órfã, de que não tinha mais ninguém no mundo senão seu esposo. Por que sentira, de súbito, tanta solidão, tanto temor do futuro? Não bastaria Ramesh para protegê-la? Por que de repente sentira-se esmagada pela vastidão do universo e pela sua própria insignificância dentro deste?
TAGORE.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário