terça-feira, 2 de julho de 2013
MALDIÇÃO
Nunca é simples
Nunca é ponto no ponto
Vírgula e travessão.
Parece que o martelo que me molda
Vai tirando lascas de mim assim:
À flor da pele.
E dói.
Poderia colocar a culpa no
Inferno,
Astral;
Na chegada do
Inverno,
Temporal.
Mas sou eu .
É meu fazer.
Um mundo me espancando contra mim mesma.
Caindo, filete a filete,
As sobras que me apodrecem,
E crescendo outras.
Sempre é duro.
Sempre fere.
Sempre um coração todo pequeno dentro do peito
E um respiro dificultado
Pela pressão imprecisa
De uma cabeça que lateja.
Poderia ser Verão.
Eu poderia estar Nua.
Mas estou me desfazendo:
Carne e Osso.
Pele descamada.
Caldo grosso e salgado que desce
E se encontra com meus descaminhos.
Sempre.
Frio, Angústia,
Música triste na vitrola.
Nunca foi fácil.
E nunca será.
Mas o prenúncio da Teoria Waldorf,
Conforme me amaldiçoaram,
Ressoa em mim.
(cbo)
20/6/2013
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