sábado, 10 de agosto de 2013

I have a dream.

Mal dormi a noite toda, acordada intempestivamente por uma crise alérgica de meio de inverno. Calores e frios pelo corpo todo. Cobre e descobre, a todo momento. Foi uma noite agitada, remexida, entremeada pelo transitar constante do consciente ao inconsciente.
Talvez, por isso, esta noite eu tive um sonho.
Não foi um sonho tão fraterno como o famoso dono da frase que intitula esse escrito, pelo contrário, foi um sonho bem particular.
Eu sonhei com você.
Não lembro nada, nada, nada desse sonho: só do seu rosto presente. Entre mexilhões de uma noite mal dormida.
Você, como um fantasma, sempre ressurge. Em meus sonhos, há muito não fazia presença. Mas eu te sinto próximo.
Meu pensamento me trai mil e uma vezes por me trazer você, sempre à tona, sempre nos piores momentos. Já fui melhor nessas histórias de virar a página, de continuar andando, de...etc.
Eu virei,  eu andei, eu segui... mas sinto seu cheiro a meu lado. É uma sombra que não me abandona, por mais consciência que eu tenha de que o corpo já tenha se ido há muito.
Ontem, eu tive um sonho. Hoje, tenho outro: não te quero mais presente, muito menos sua presença na ausência.
Essa mão pesada não me deixa seguir segura, sempre me pesando o pé que atrás fica. Esse pé é você!
Me deixe, peço. Não há mais desculpas a dar, não há mais passado para resolver, não há nada que nos aliance. Portanto, deixe-me livre como a página do livro que voa quando uma grande rajada de vento passa por nossa leitura.

Leave me alone.


Criseida.

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