Há maus bocados deste lado da escrita. Não está fácil ser eu nesse momento em que mais eu se exige que eu seja, entende?
Estou convivendo com problemas de convivência... e não dá para suportar e sobreviver sobre pressão todos os dias, todas as horas. Quando tudo é posto em cheque, quando todas as armas possíveis e imagináveis são atiradas ao tabuleiro. Pressões.
Cansada, já não há mais caminhos para voltar quando tudo parece ser um caminho que me leva a este que vivo. Saber que é preciso que eu passe, que é preciso achar o que eu sou, onde eu estou, para que as coisas não se matem.
Sim, para que não haja morte.
É preciso segurar muitas dores. Comer muito maracujá para segurar as dores do existir. É preciso que eu tenha uma força que anda escassa. É preciso nomear os amores para esquecer dos maus espíritos que me rodeiam. Minha cabeça dói, minha barriga dói, meu espírito flameja.
De auxilio, deram meu o papel de lombada das sofreguidões. E todo meu sofreguimento-lânguido que não morre, onde enfio?
sinto sob mim um casco maior do que meu tamanho suporta. Sinto, sinto. Não sinto mais nada e vou.
Pois a vida é cara para gastarmos com as chorumelas.
Vai, Cristiane, vai ser cascodelombada na vida.
[criseida]
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