quinta-feira, 20 de março de 2008

E tudo de mim sou eu.

E o que seria de minhas memórias sem meu passado.

Porque as vezes os acontecimentos cotidianos fazem ressurgir sentimentos apagados, sofríveis..
O vento soprou em meu rosto não o ar, mas fagulhas que estavam extintas, fez-me lembrar o quão sofri e quem realmente sou. O quanto posso, e não posso, aguentar do que passou.
Me fez ver que o sofrimento se abranda e tende ao esquecimento. O que resta é uma mágoa mínima, inútil, que nos faz lembrar sim, mas sofrer, na mesma intensidade, só quando os momentos tocarem seu rosto, assim como o vento tocou hoje minha pele.

Dia igual, nuvens iguais, pôr-do-sol igual. O sabor da dor subiu pela minha garganta e a amargura tocou meus lábios. Senti saudades, minha vontade era voltar, viver-reviver.
Pq a dor nos comove e nos cega.
Blindada, hoje, revivi e sofri de forma menor. Mas a vontade não sai de minhas mãos. E no coração, revolve-se.

A dor do passado...memórias não eram tão ruins, mas re-viver é sofrer duas vezes. É lembrar do que houvera esquecido; do que lhe fez tão mal.

**Não é o fogo, é uma brisa, um sopro, o clima. Fatos integrados que nos trazem lembranças; e as lembranças...**

E o passado? Vira e mexe toca meu ombro.

^^
C.B.O.

Origem:28/02/2008

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