terça-feira, 23 de junho de 2009

Nósamarelos.

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E há um fino nó roçando minha garganta.
Um nó que aperta, sufoca, agride aos poucos.
e é um nó de um grito rouco que não escapa e nem transcende.

Existe um nó.

E as flores amarelas permanecem no caminho.
E as flores, juntas, amarelando meus dias e meus idos.
E, juntas, as flores, as amarelas, não estão mais sós.


Mesmo assim, o ranço do nó cerceia minha vida.

Com flores, sóis, medo.


E uma solidão danada mescla meu mundo, meus sonhos, meus desejos.
Solidão de coisa imatura, impensada, indesejada, intransigente...
Mas que está aqui.


E um nó aperta meu pescoço amarelo.

Não há o que pensar: o que me resta é a mudez na voz.

E a letargia infinita do viver.
[criseida.]

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